Energia geotérmica é a energia adquirida a partir do calor
que provêm da Terra, mais justamente do seu interior. Devido a necessidade de
adquirir energia eléctrica de uma forma mais limpa e em quantidades cada vez
maiores, foi desenvolvido um modo de usufruir esse calor para a geração de
electricidade. Hoje a grande parte da energia eléctrica provém da queima de
combustíveis fósseis, como o petróleo métodos esses muito poluentes.
Para uma melhor compreensão da forma como é aproveitada a
energia do calor da Terra deve-se primeiro perceber como o nosso planeta é
constituído. A Terra é formada por grandes placas, que nos mantém isolados do
seu interior, no qual encontramos o magma, que resume-se basicamente em rochas
derretidas. Com o aumento da profundidade a temperatura vai acrescendo, no
entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde a temperatura é muito maior.
Essas são as zonas onde existe elevado potencial geotérmico.
Transformação em Electricidade
Em centrais geotérmicas, o vapor, de reservatórios
geotérmicos fornecem a energia que alimenta os geradores de turbina e produz a
electricidade. A água geotérmica usada é depois reenviada ao reservatório
através de um poço de injecção, para ser reaquecida, para assim manter a
pressão, e suportar o reservatório.
Há três formas de utilizar a energia geotérmica:
1. Utilização direta: reservatórios geotérmicos de
temperaturas baixas moderadas (20ºC-150ºC) podem ser aproveitadas directamente
para fornecer calor para a indústria, aquecimento ambiente, termas e outros
aproveitamentos comerciais
2. Bombas de calor geotérmicas (BCG): Aproveitam as
diferenças de temperatura entre o solo e o ambiente, fornecendo calor e frio.
3. Centrais Geotérmicas: aproveitamento directo de fluidos
geotérmicos em centrais a altas temperaturas (> 150 ºC), para movimentar uma
turbina e produzir energia eléctrica.
Aproximadamente todos os fluxos de água geotérmicos são
constituídos por gases dissolvidos, sendo que estes gases são enviados para a
central de geração de energia junto com o vapor de água. De um jeito ou de
outro estes gases acabam por ir para a atmosfera.
Por outro lado, o odor desagradável, a natureza corrosiva, e
as propriedades prejudiciais do ácido sulfídrico (H2S) são factores que
inquietam os apoiantes deste tipo de energia. Nos casos onde a concentração de
ácido sulfídrico (H2S) é relativamente baixa, o cheiro do gás causa náuseas. Em
concentrações mais altas pode acarretar sérios problemas de saúde e até a morte
por asfixia.
É identicamente importante que exista tratamento apropriado
à água vinda do interior da Terra, que invariavelmente abrange minérios
prejudiciais a saúde. É fundamental que os despejos não sejam realizados em
rios locais, para que isso não prejudique a fauna local.
Quando uma grande quantidade de fluido aquoso é retirada da
Terra, há sempre uma hipótese de ocorrer subsistência na superfície. O mais
drástico exemplo de um problema desse tipo numa central geotérmica está em
Wairakei, Nova Zelândia. O nível da superfície afundou 14 metros entre 1950 e
1997 e está a deformar a uma taxa de 0,22 metro por ano, após alcançar uma taxa
de 0,48 metros por ano em meados dos anos 70.
Há ainda o inconveniente da poluição sonora que afligiria
toda a população vizinha ao local de instalação da central, pois, para a
perfuração do poço, é necessário o uso de máquinas semelhante ao usado na
perfuração de poços de petróleo.
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